sexta-feira, 27 de julho de 2007

Alagoas segura documentos do caso Renan


A falta de agilidade dos órgãos públicos de Alagoas em fornecer informações pode impedir a Polícia Federal de concluir o laudo nos documentos do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), no prazo de 20 dias combinado com o Conselho de Ética do Senado, onde o parlamentar responde a processo de quebra de decoro, sob a acusação de ter despesas pessoais pagas pelo lobista Cláudio Gontijo, da construtora Mendes Júnior. A entrega de documentos relevantes, conforme a PF, estaria sendo retardada por órgãos públicos alagoanos. O maior volume de documentos em falta é devido pelas secretarias de Finanças e de Agricultura, controladas por aliados de Renan até a deflagração da Operação Navalha, quando alguns deles foram presos. O governo alagoano alega que vem dando total colaboração às investigações, além de ter demitido os envolvidos com a quadrilha.

LULA PEDE CAUTELA A CLASSE POLITA DO PAIS


Em discurso para uma platéia calorosa, de 800 pessoas, no Teatro Paulo Pontes, no Espaço Cultural de João Pessoa, o presidente Lula criticou os seus opositores e disse que a classe política precisa ser "mais civilizada". "Enquanto a classe dirigente fica brigando pequeno, com mesquinharia, o povo fica sofrendo, o povo fica na expectativa que apareça um milagroso para salvá-lo e não tem", disse ele sob aplausos.Ele pregou ser preciso discernir o momento de fazer oposição e o momento de pensar o País. E reclamou que no Brasil a eleição não termina nunca. "Acabou uma eleição, ela continua, ela é eterna e você pode mandar qualquer projeto, pode ser para melhorar, mas se são contra o governo dizem eu voto contra, eu não voto favorável, não se preocupam sequer em analisar se aquilo vai beneficiar o povo do nosso País".O presidente pregou a necessidade de se ter políticas públicas justas, de se fazer parcerias, "É preciso que a gente contribua", independente do partido a que se pertença. "Não quero saber em quem o eleitor votou na eleição de outubro, se em mim ou no adversário", afirmou. "Acabou a eleição, agora fomos eleitos para governar este País".

Passageiro dorme em avião e volta à cidade de origem

É comum que passageiros de aviões tirem uma soneca durante o vôo, mas nenhum chegou a perder o “ponto de parada”. Tor Martin Johansen, 21 anos, dormiu tão profundamente que não acordou nem quando a aeronave pousou na cidade de destino, nem quando o avião decolou de volta à sua cidade de origem. Ele pegou no sono durante viagem curta de Trondheim até Namsos, sua cidade natal, na Noruega. Quando acordou, estava de volta a Trondheim. Na chegada do avião a Namsons, ninguém reparou no dorminhoco ou no passageiro a mais para o vôo de volta. Então, o avião retornou até Trondheim. “Isso nunca tinha acontecido antes”, disse Richard Kongsteien, porta-voz da Wideroe. “É um incidente engraçado, mas também uma questão séria”, completou. Ele explicou que o avião realizava uma rota com várias paradas, logo, nunca ficava vazio. Entretanto, confirmou que os funcionários violaram regras de segurança ao não notarem a falta de um dos passageiros da lista de desembarque.

Sergipanos vaiam Lula no lançamento do PAC

ARACAJU - Apesar da blindagem preparada pelo Planalto e pelo governo petista de Sergipe, permitindo que apenas pessoas com convites em mãos, cuidadosamente distribuídos pelos organizadores da cerimônia de lançamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), em Aracaju, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi duas vezes vaiado, ontem, por um pequeno grupo de funcionários do Incra, do Ministério da Cultura e estudantes da Universidade Federal de Sergipe, que estão em greve.
As vaias, no entanto, acabaram sendo abafadas pelos aplausos e gritos de “Olê, olê, olá, Lula, Lula”, dados principalmente por militantes petistas e do MST, convidados para o evento, que defenderam o presidente e chegaram a se desentender com os grevistas. Na cerimônia, os seguranças do Planalto e do evento tomaram ainda a faixa vermelha dos manifestantes que dizia “Lula traidor”.
A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, coordenadora do PAC, também foi vaiada pelo menos duas vezes pelos poucos manifestantes contrários ao governo, presentes ao evento. Do lado de fora, estudantes promoviam um apitaço, xingavam o presidente e chegaram a atear fogo num boneco de pano “com barba” e com faixa presidencial que batizaram de Lula.
Acostumado a aplausos, Lula deu claras demonstrações de impaciência na cerimônia, olhando o relógio algumas vezes, e chegou a ficar com o o-lhar perdido enquanto ouvia os discursos que antecediam o seu. Ele já havia ficado muito aborrecido com as vaias tomadas no Maracanã, no Rio de Janeiro, no dia 13 de julho, na abertura dos 15º Jogos Pan-Americanos.
Na época, chegou a se queixar para interlocutores e no programa de rádio Café com o presidente. Ontem, apesar de ter preferido ignorar o assunto em seu breve discurso de improviso de 15 minutos – normalmente fala longamente em cerimônias, pelo menos meia hora – Lula chegou a procurar com os olhos onde estavam os manifestantes, quando eles começaram a vaiar a ministra Dilma. Na semana passada, depois do acidente com o Airbus da TAM, Lula já havia cancelado as viagens que faria ao Sul, onde poderia sofrer outras manifestações, embora o Planalto negue que ele tenha adiado a ida lá por causa disso.

PARÁTICA CORRIQUEIRA

A hipótese de que as rádios comunitárias se transformaram em instrumento de barganha política, configurando uma prática a que chamamos de "coronelismo eletrônico de novo tipo", foi a orientação básica para o desenvolvimento da presente pesquisa – uma realização do Instituto Para o Desenvolvimento do Jornalismo (Projor), com apoio da Fundação Ford.