sábado, 9 de junho de 2012

Campo Formoso maior produtor de sisal do mundo, perde primeira biofábrica de sisal do brasil para Cruz das Almas

A Bahia vai receber a primeira biofábrica de sisal do Brasil, que irá funcionar em Cruz das Almas, no interior do Estado. Ainda não foi revelado quando o empreendimento será lançado, mas as obras estão previstas para começarem no final deste ano. O projeto é uma parceria da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB).
De acordo com o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Paulo Câmera, em julho dois especialistas mexicanos estão chegando para conhecer o local e dar orientações sobre como efetivar, pela primeira vez no Brasil, um sistema de micropropagação por cultura de tecidos de plantas do gênero agave.
Segundo Câmera está sendo realizado um estudo com imagens de satélite para fazer um zoneamento agroecológico da região sisaleira e do semiárido baiano. “O objetivo é identificar em que condições de solo e clima poderão montar os campos experimentais para introduzir as diversas espécies de agave”.
Câmera disse que, enquanto no México a pesquisa é feita em escala de laboratório, na Bahia, a biofábrica vai produzir mudas em quantidade para fornecer aos produtores. “A intenção é produzir um milhão de mudas por ano, quando a unidade estiver em pleno funcionamento”.
“A tecnologia de micropropagação que será desenvolvida na biofábrica vai permitir a diversificação de espécies e a introdução de plantas melhoradas para a cultura do sisal”, explicou o secretário.
CAMPO FORMOSO
Em Campo Formoso as primeiras mudas de sisal chegaram em 1942, e foram plantadas próximo à gruta “Toca da Onça em Tiquara”. Daí a lavoura espalhou-se pelos campos de Brejão da Caatinga, Lagoa Branca, Tiquara região do Salitre, Olhos d’ Água, Belas, Lajes e toda a região de caatinga do interior do Município. Tão importante tornou-se o sisal em Campo Formoso que sua silhueta tornou-se um símbolo incorporado à bandeira do Município quando fora oficializada. Na Bahia, a exploração sisaleira, destaca-se em 20 municípios,(veja na tabela) dos quais, sete são responsáveis 64,2,4% da área total plantada: Santaluz, C. do Coité e Valente, na microrregião de Serrinha, com 27% da área, seguidos por Ourolândia, Jacobina, com 15,3%, Campo Formoso, com 16%, e Queimadas com 4,6%, porém, situados em outras microrregiões.

Infelizmente Campo Formoso apenas recebe o nome de maior produtor de sisal do mundo, mas aqui nada é industrializado e quando chega no consumidor final, a fama quem leva é cidades como Conceição do Coité e Santa Luz e Valente.
Fonte: Portal CF com informações do Bocão News

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